A formação de um senso comunitário é muito importante para a formação de vínculos entre as pessoas que compartilham o mesmo espaço e também para a conquista de objetivos comuns para o bairro, como a oferta de serviços públicos, por exemplo. É positivo verificar que, mesmo em meio a tantos desafios, os moradores se sentem satisfeitos com o convívio no bairro – nota média de 7,3, entre zero e dez.

Cerca de 26% dos moradores declaram participar de atividades formativas e ações de engajamento comunitário e político do bairro e cerca de 3% participam de comitês ou órgãos consultivos da prefeitura ou subprefeitura de seu bairro. Vale lembrar que as instâncias de participação e engajamento comunitário têm crescido a partir do advento do Plano de Bairro do Jardim Lapena em 2018. O processo de elaboração do Plano de Bairro foi essencial para a construção de um território de direitos, de forma que consolidou as prioridades de intervenção definidas pela população de forma participativa. Seu percurso tem fortalecido a participação numa nova dimensão, estruturando um colegiado com as lideranças comunitárias e sociais do bairro. O colegiado ativou um sentimento de responsabilidade territorial antes inexistente e se consolidou como um grupo de ação permanente do bairro que atua por meio da mobilização do poder público e outros atores para a melhoria do local. Ainda, em meados de 2020, surgem as Guardiãs do Território: um grupo de moradoras que se mobilizaram para fazer frente a distribuição de itens básicos para a proteção contra a Covid-19. Hoje o grupo é formado por mais de 100 mulheres e se consolidou como um modelo de mobilização e transformação social no bairro, atuando em diversas frentes e projetos.

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Moradores têm razoável
satisfação com o convívio
no bairro que vivem